Problemas de memória no idoso


A queixa de dificuldade de memória é freqüente entre idosos. O processo de memorização pode ser mais difícil para uma pessoa idosa porque a velocidade de processamento diminui, é mais difícil inibir estímulos conflitantes e a estratégia de organização da informação é menos eficiente, isto é, o idoso precisa mais tempo para apreender/memorizar, pode ser mais facilmente distraído enquanto presta a atenção ao que quer memorizar e tem mais dificuldade em relacionar as informações entre si, o que facilitaria a memorização. E estas alterações, por expressivas que sejam, principalmente se comparadas a memória de um adulto jovem, não acarretam mudanças no dia-a-dia do idoso saudável, ou seja, as mudanças não são tão profundas, e são graduais o bastante para permitir uma adaptação.
É bom ressaltar que há uma grande diferença entre memória mais lenta, que pode acontecer no envelhecimento, e nenhuma memória, que pode ser conseqüência de diferentes doenças, e precisa ser avaliada. Uso de determinadas medicações como tranqüilizantes e hipnóticos, algumas doenças metabólicas (como por exemplo o hipotiroidismo), depressão e “stress” podem causar prejuízos à memória. Portanto, a queixa de “dificuldade de memória” é um sintoma e pode ter significados muito diferentes, assim como uma febre pode indicar um resfriado banal ou uma grave infecção generalizada. Por isso, é importante que tal queixa seja avaliada por um especialista (médico neurologista, psiquiatra ou geriatra) objetivando definir a causa da alteração de memória apresentada pelo paciente e a indicação do tratamento adequado. Lembrar sempre, que independente da causa, o estímulo intelectual, a dieta saudável e a prática de exercícios físicos regulares são armas importantes para minimizar o prejuízo da memória e até retardar males como a Doença de Alzheimer.

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